“Rolezinhos” expõem comerciários a riscos.

A Justiça de São Paulo concedeu liminar a seis shoppings do Estado (Capital e Interior) que proíbe os chamados “rolezinhos”. Ou seja, encontros com a participação de centenas de jovens nas dependências desses centros comerciais. Todos marcados pela Internet.

A liminar veta estes “mega-passeios” e estabelece multa de R$ 10 mil aos integrantes dos grupos que promoverem tumulto, vandalismos e furtos.

Ocorre que as atenções para os efeitos desse “corre-corre” estão sendo voltadas, principalmente pela mídia, aos comerciantes e aos consumidores. E como fica a integridade física dos comerciários e das comerciárias que ficam expostos a eventuais agressões dos jovens mais afoitos? Não bastasse o risco de serem agredidos, saem prejudicados nas vendas com repentino e assustador fechamento das lojas, ainda mais os comissionistas.

Denuncie

Os 68 Sindicatos Filiados à nossa Federação estão atentos a estes tipos de ocorrência e estimulam os trabalhadores a denunciarem, sigilosamente, casos de violência praticados contra a nossa categoria durante esses “rolezinhos”.

Trabalhadores de lojas e farmácias devem contar com seus Sindicatos e também fazer chegar às suas diretorias desmandos patronais originados por estes fatos, tais como descontos salariais indevidos com o baixar das portas.

O direito de ir e vir é garantido, por lei, a todo cidadão brasileiro. Sublinho que apoiamos toda e qualquer forma de manifestação pautada pela liberdade, mas desde que seja pacífica, ordeira e, no caso, faça jus ao termo “rolezinho”, que de acordo com a tradução da juventude, significa passear, caminhar e não ter de fugir correndo das balas de borracha e das bombas de gás lacrimogêneo lançadas pela Polícia Militar para dispersar aglomerações. Aí, o que se vê são lágrimas no lugar de sorrisos, medo em vez de alegria e desespero onde deveria haver paz.

Luiz Carlos Motta – Presidente